quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Imagens de Satélite disponiveis na Internet

Existem vários sotwares que permitem manipular Imagens de Satélite e Dados digitais. Para quem ainda não sabe utilizar esses softwares, ou não os possuem, mas querem utilizar Imagens de Satélite em Sala de aula, uma boa alternativa é usar imagens já processadas.

O INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, possui um Catálogo de Imagens, que todos podem utilizar. Há ainda, imagens de satélite das capitais brasileiras, que podem ser usadas em sala de aula, com muita facilidade, basta salvar as imagens e imprimi-las







São Paulo - SP . Sensor: CCD/CBERS-2Órbita
Ponto: 154_126
Composição: R3G4B2
Data: 30/12/2004.

Fonte da Imagem: INPE







quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Os Domínios Morficlimáticos.

O Brasil, país tropical de grande extensão territorial, apresenta uma geografia marcada por grande diversidade. A interação e a interdependência entre os diversos elementos da paisagem (relevo, clima, vegetação, hidrografia, solo, fauna, etc.) explicam a existência dos chamados domínios morfoclimáticos, que podem ser entendidos como uma combinação ou síntese dos diversos elementos da natureza (principalmente relevo e clima), individualizando uma determinada porção do território (área core ou nuclear de um domínio morfoclimático ou de um BIOMA terrestre).


Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir das características climáticas, botânicas, pedológicas, hidrológicas e fitogeográficas. Devido à grande extensão territorial do Brasil, encontram-se domínios muito diferenciados uns dos outros. De acordo com o geógrafo Aziz Ab’Sáber (1970), o Brasil apresenta seis principais domínios:


I – Domínio Amazônico – região norte do Brasil, com terras baixas e florestadas, com amplas depressões, e planícies ao longo dos rios, onde se tem um grande processo de sedimentação. Área de clima e floresta equatorial. Apresenta uma fauna bastante exótica e diversificada.

II – Domínio dos Cerrados – região central do Brasil. O relevo predominante é constituído de planaltos com inúmeros chapadões. A vegetação de Cerrado apresenta diferenças fitofisionomicas relevantes. Possui uma fauna singular, com animais de médio porte.

III – Domínio dos Mares de Morros – região leste/sudeste do Brasil, parte do litoral e do planalto atlântico, onde se encontra a floresta Atlântica que possui clima diversificado. Sua fauna apresenta grande biodiversidade e muitas espécies estão ameaçadas de extinção devido a fatores econômicos e a antiga ocupação territorial.

IV – Domínio das Caatingas – região nordeste do Brasil, área de formações cristalinas, com depressões interplanálticas. O clima predominante é o Semi-árido. A Flora é Xerófita, com plantas espinhentas e várias espécies de cactáceas. A fauna é adaptada as condições ecológicas locais.

V – Domínio das Araucárias – região sul brasileira, área nuclear do pinheiro brasileiro (araucária), região de planaltos e de clima subtropical. Devido à exploração econômica (madeira e celulose) pouco resta da mata de araucária. A região apresenta fortes processos erosivos.

VI – Domínio das Pradarias – região sudeste do Rio Grande do Sul. Área de extensos campos (vegetação rasteira) conhecidos como “Pampas gaúchos” e que se estende para outros países da America do Sul. O Clima é subtropical. Área com latifúndios agropastoril.

Entre os seis grandes domínios acima relacionados, inserem-se as faixas de transição, que apresentam elementos típicos de dois ou mais domínios ou biomas. Assim, encontramos paisagens diferenciadas e com características peculiares, como o Pantanal, o Agreste, a Mata de Cocais, as Dunas e a vegetação litorânea.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

As Teorias Geomorfológicas.

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O relevo terrestre evoluiu, tendo o aspecto que hoje se vê devido à ação exercida pelos processos morfogenéticos. A paisagem geomorfológica, no entanto, está sempre em evolução, pois os diversos agentes erosivos têm a tarefa diária, ao longo de milhões de anos, de esculpir as formas de relevo.
Para explicar a evolução do modelado terrestre foram criados MODELOS e TEORIAS geomorfológicas. De acordo com CHRISTOFOLETTI, 1980 “cada teoria proposta tenta elucidar os fatos, e com tal finalidade, emprega uma linguagem composta de um vocabulário especifico. Muitas vezes o mesmo termo, em função de teorias variadas expressa noções diferentes”. Assim, é necessário conhecer profundamente as Teorias Geomorfológicas e sua terminologia, e expressar claramente a teoria a ser empregada em uma investigação cientifica.
Há diferentes teorias evolutivas em geomorfologia, associada a bases teóricas que, por sua vez, expressam o conhecimento filosófico de uma época. No caso das teorias geomorfológicas CHRISTOFOLETTI, 1980, afirma que “uma mesma teoria pode possibilitar a construção de vários modelos, que possuem uma função lógica dentro delas, porque são elaborados dedutivamente e permitem que as mesmas sejam testadas”.
Cada pesquisador deve adotar uma concepção filosófica clara, ou seja, adotar uma TEORIA, que de acordo com CHRISTOFOLETTI, 1980, “é o conjunto de conceitos e regras que condicionam todo trabalho cientifico”. Isto permite a cada pesquisador estruturar seu trabalho e nortear seu modelo explicativo sobre a dinâmica evolutiva da paisagem.
Entre as principais Teorias e modelos em geomorfologia destacam-se quatro:
· A teoria do Ciclo Geográfico: proposta por Willian Morris Davis em 1899. Esta teoria considera a evolução do relevo em três fases principais, Juventude, Maturidade e Senilidade.
· O modelo da Pedimentação e Pediplanação: que apresenta os princípios teóricos proposto por DAVIS, mas traz distinções no modo em que evoluem as vertentes e nas pressuposições relacionadas ao nível de base;
· A Teoria do Equilíbrio dinâmico: que considera o modelado terrestre um sistema aberto, em constante troca de matéria e energia com demais sistemas.
· A teoria Probabilística da Evolução do Modelado: que considera a existência de inumeráveis fatores atuantes na evolução do modelado.
Bibliografia Recomendada:
CHRISTOFOLETTI, Antônio, Geomorfologia. São Paulo, Ed. Edgard Blücher, 1980.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A Visão Sistêmica na Geografia Física – O Geossistema.

A Geografia Física, é o ramo da Geografia que focaliza os atributos espaciais dos sistemas naturais, particularmente na medida em que se relacionam com a sociedade humana. Dessa forma, os estudos de geografia física não podem acontecer de forma isolada, sem deixar de analisar atributos abióticos, bióticos, sociais, econômicos e culturais em todo seu conjunto.

A Geografia Física é uma ciência de grande complexidade, e, portanto, não pode focar os atributos isoladamente, devendo prevalecer uma visão Sistêmica e Integrada nos estudos que tenham por objetivo caracterizar e analisar a estrutura e a dinâmica da paisagem.

A visão sistêmica nos estudos das diversas áreas da Geografia Física foi proposta por SOTCHAVA nos anos 60. Este autor, preocupado com a perspectiva de conjunto de componentes, processos e relações dos sistemas que compõem o meio ambiente, propôs a utilização do conceito de GEOSSISTEMA.

No Brasil, quem se preocupou em estudar e difundir a visão sistêmica, bem como o modelo teórico e conceitual do GEOSSISTEMA na Geografia Física, foi o Professor ANTÔNIO CHRISTOFOLETTI, que, entre seus inúmeros trabalhos destaca-se o livro Análise de Sistemas em Geografia.

De acordo com Troppmair (2002) pode-se dizer que “O geossistema compreende um espaço que se caracteriza pela homogeneidade de seus componentes, suas estruturas, fluxos e relações que integrados, formam o sistema do ambiente físico onde há exploração biológica”. O autor ainda destaca que “embora os geossistemas sejam fenômenos naturais, todos os fatores sociais e econômicos que influenciam este sistema espacial são levados em consideração”.

Quanto às características do Geossistema, Troppmair (2002) apresenta quatro aspectos principais:

1. MORFOLOGIA: é a expressão física do arranjo da disposição dos elementos e da consequente estrutura espacial;

2. DINAMICA: é o fluxo de energia e matéria que passa pelo sistema e que varia no espaço e no tempo;

3. INTERRLAÇÕES: entre os elementos;

4. EXPLORAÇÃO BIOLÓGICA: da fauna, flora e do próprio homem.

Com os atuais problemas sócio-ambientais enfrentados pela sociedade capitalista, os estudos de Geografia Física são de extrema importância, e estes devem contemplar a visão sistêmica e toda a conceituação teórica e metodológica do GEOSSISTEMA.

Bibliografia Recomendada:

CHRISTOFOLETTI, A. Análise de Sistemas em Geografia. Hucitec, 1981.

SOTCHAVA, V. B. O estudo de Geossistemas. Métodos em questão, 16, IG, USP, São Paulo, 1977.

TROPPMAIR, H. Biogeografia e Meio Ambiente. Rio Claro, 2002. 5ª Edição.